Obra: Avaliação de Serviços de Bibliotecas.
Resumo: Nesta obra Lancaster aponta as necessidades e finalidades da avaliação em serviços de biblioteca e apresenta métodos para avaliar tais serviços.
Lancaster analisa as bibliotecas em sua obra Avaliação de Serviços de Bibliotecas e adverte que “muito do que se discute neste livro como aplicável a bibliotecas poderia ser também aplicado a outras formas de serviços de informação”. (LANCASTER, 1996, p. 1). O autor acredita que o objetivo maior de uma biblioteca é a geração de produtos, ou seja, os serviços de informação que ela oferece. Tais serviços seriam oriundos da relação entre os recursos informacionais também denominado insumo é conceito genérico usado para representar fontes de informação, inspiração, inspiração e recreação; e o pessoal. Lancaster, então, propõe um modelo das atividades de uma biblioteca.

Lancaster representa os dois principais grupos das atividades de uma biblioteca: a organização e controle dos recursos informacionais, também chamado de serviços técnicos, e os serviços ao público. Lancaster, portanto, considera a biblioteca como “uma interface entre os recursos de informação disponíveis e a comunidade de usuários a ser servida.” (LANCASTER, 1996 p. 2)

Outros conceitos importantes na obra de Lancaster “ASB” são: eficácia, custo e benefício. A eficácia “é a proporção de demandas de usuários que são satisfeitas” (LANCASTER, 1996, p. 5). O custo para Lancaster é só o valor monetário do serviço de biblioteca, mas também, o tempo de utilização desse serviço: “O custo de operação de um serviço de informação pode ser bem pequeno quando comparado como custo de usa-lo”. (LANCASTER, 1996, p.5). Os benefícios são resultados desejados.
A relação custo-eficácia, ou seja, quanto maior a eficácia (qualidade do serviço) que se consegue com um determinado volume de gastos; é a melhor alocação possível de recursos. Por ser quantificável é mais fácil avalia-la. A relação custo-benefício pode ser vista como “o custo de uma atividade e os benefícios dela resultantes” e “procura justificar a existência da atividade ao demonstra que os benefícios compensam os custos.” (LANCASTER, 1996. p. 301). No entanto, para Lancaster, é muito difícil, se não impossível, quantificar (em cifras) os benefícios/impacto que um serviço de informação oferece aos usuários. Esta avaliação só é possível ser realizada sbjetivamente, o que para o autor é, também, importante, mas “a avaliação terá sua utilidade máxima se for analítica e diagnóstica.” (LANCASTER, 1996. p. 10).
Lancaster afirma que “a avaliação é um elemento essencial da administração bem sucedida de qualquer empreendimento” (LANCASTER, 1996, p.15). A avaliação, para Lancaster, tem por finalidades (Lancaster, 1996, p. 8):
1) Mostrar o nível de desempenho de instituição.
2) Comparar o desempenho de várias bibliotecas ou serviços.
3) Justificar a existência de um serviço de informação.
4) Identificar a existência de um serviço de informação.
5) Identificar as possíveis causasa de malogro ou ineficiência do serviço.

Para Lancaster a quarta finalidade da administração relatada é a mais importante porque deve promover mudanças no serviço, pois, “a avaliação de um serviço de informação será um exercício estéril de identificar meios de melhorar seu desempenho.” (LANCASTER, 1996, p. 8).

O autor justifica a avaliação a avaliação segundo a quinta lei de Ranganathan – A Biblioteca é um organismo em crescimento – (Ranganathan, 1931 citado por Lancaster, 1996, p. 13) que “indica que a biblioteca deve estar pronta para se adaptar a novas condições” Segundo Lancaster (1996, p. 15) para o crescimento saudável das bibliotecas é necessário a avaliação para “determinar que mudanças precisam ser feitas e qual a melhor maneira de realiza-las”. (LANCASTER, 1996, p. 15). Lancaster afirma que devido as tecnologias eletrônicas e a “possibilidade de distribuir informações rapidamente e a baixo custo em um formato eletrônico ameaça toda a razão de ser da biblioteca”. (LANCASTER, 1996, p. 5). Por isso os profissionais da informação segundo o autor devem avaliar criticamente as funções da biblioteca e verificar se o seu papel está apropriado à atulidade e as demandas da comunidade de usuários da biblioteca.

Em sua obra “Indexação e resumo: teoria e prática”, Lancaster aborda o bojetivo principal da elaboração e índices e resumos. Para o autor tais atividades se prestam para inclusão em base de dados para posterior recuperação da informação que tem como principal insumo o conteúdo do documento.
Lancaster afirma que “a indexação é um processo subjetivo em vez de objetivo”. (LANCASTER, 2004, p. 61). Em seu artigo “Artificial intelligence and expert systems: how will they contribute?” arrolado na obra “Libraries and the future” editada pelo autor, Lancaster acredita que a indexação pode ser beneficiada pela utilização da inteligência artificial. (Lancaster 1993, p. 149).

O autor afirma que ao seu realizar uma busca em uma base de dados, procura-se “encontrar documentos que sejam úteis para satisfazer a uma necessidade de informação, e evitar a recuperação de itens inúteis”. (Lancaster, 2004, p. 3)Para Lancaster o problema da recuperação da informação está em recuperar os itens úteis como menor número de itens inúteis.